
No que diz respeito a este capítulo, o autor preocupou-se em desenvolver o facto das crianças hoje em dia, comportarem-se e desenvolverem atitudes diferentes daquelas que as crianças desenvolviam há uns tempos atrás. O pensamento que posso retirar disto é que as crianças vão se desenvolvendo à medida que vão atingindo o seu futuro, criando novos hábitos. As crianças agora são mais ambiciosas e penso que posso arriscar dizer que cada vez mais pensam "em grande", querendo sempre ter mais e mais, culpa também do mundo materialista em que vivemos actualmente. Contudo, penso que esta ambição e esta vontade de querer adquirir novos saberes, são grandes aliadas das novas tecnologias.
É necessário estar aberto a novas ideias e novos conhecimentos, se quisermos receber esta "geração tecnológica" da melhor forma. Talvez os pais devessem ser possuidores desta mentalidade, só dessa forma compreenderiam a utilidade das novas tecnologias e, consequentemente, os pensamentos e comportamentos dos seus filhos. Tendo chegado a estas linhas conclusivas, posso concordar com o autor quando este diz que lhe agrada o facto de "que as crianças usem os computadores como componentes de jogos de construção", o que reside no facto de isso "promover uma ruptura com a ideia de que o computador é algo separado do mundo real constituído pelas coisas físicas", o computador é real, e as vantagens das suas utilizações também são bem reais, o que se nota no dia-a-dia, quer escolar quer fora da escola. No entanto, essa realidade provém da fantasia que as crianças adoptam ao utilizarem o computador, o que já levanta questões mais complexas acerca da adequação das tecnologias ao universo infantil. Há que verificar em que é que estas são realmente benéficas para as crianças e adequar essas qualidades à "cultura" da criança, tão falada ao longo do livro de Seymour Papert. Isto quer dizer que, as crianças ao jogarem no computador, têm a tendência de adoptar os comportamentos dos actores dos jogos, e isso demonstra que o computador é capaz de ultrapassar barreiras que, por vezes, parecem tão bem definidas.
No fundo, a verdadeira questão defendida ao longo deste capítulo pelo autor, passa pela tentativa de fazer ver que as novas tecnologias podem intervir no mundo da educação e desempenhar um papel fundamental e extremamente auxiliativo, no desenvolvimento pessoal e escolar da criança em crescimento. Deste modo, o autor chega mesmo a aconselhar o leitor a que pense no que as novas tecnologias podem contribuir para todo o processo de construção do futuro, convidando-o a que reflicta acerca das novas tecnologias e na forma que estas têm se vindo a demonstrar benéficas para o desenvolvimento da criatividade, personalidade e inteligência das crianças. Resumindo, o futuro acaba por estar nas mãos daqueles que conseguem reflectir acerca das aprendizagens que vão adquirindo e desenvolvendo ao longo da vida.